A dificuldade maior de nossa cultura, não é a de estar mergulhada num buraco desesperançado, mas ao contrário, é de ter produzido um temor disperso e perseguidor à interrogação. A própria questão do sentido tornou-se obsoleta e incômoda, num universo em que os "padrões de qualidade" exigem uniformização, previsibilidade e sujeição. O que impera no mundo contemporâneo é o vazio, a solidão e a falta de idealismos e utopias, juntamente com a massificação imposta pela mídia. Numa época em que os valores se foram, o ser humano busca formas de preencher o vazio que ficou, com qualquer coisa que possa ressarcir-lhe alívio, liberdade, sensação de estar produzindo algo que lhes devolvam o bem estar outrora perdido.
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